Se não sabe quem eu sou
Senta aí que eu vou contar
Sou o mar de alegria que te faz arrepiar
O vermelho da paixão, seu infinito amor
Ô imperador! (ô imperador!)

Resplandeci no berço da humanidade
Um pequeno destemido que herdou a majestade
Iemanjá na travessia me guiou
A procura do destino que ifá profetizou
Me fiz batuque, ecoou minha voz no areal
Bordei as cores do meu coração no carnaval
Cheguei malandro, cantei o amor
Com a primeira estrela brilhou um novo rei
Vermelho e branco, sim senhor!

Povo meu! Ainda resta um lugar
Vem sambar! Que eu vou descendo a avenida
Doce perfume pelo ar
Meu nome imortalizei com histórias pra encantar
Povo meu! Ainda resta um lugar
Vem sambar! Que eu vou descendo a avenida
Duas paixões a celebrar, papai é que o tal
É mais que a razão, não leve a mal

Um bravo lutador a defender o carnaval
Sou referência combatendo o opressor
Eu não me calo, meu quilombo é cultural
Quando impera a dor de uma saudade
Ao lembrar os nossos baluartes
Sei que a minha história faz valer a resistência
60 anos reluzindo em seu olhar
O brilho de um diamante negro
Sinfônica biônica emoção
Imperadores do meu coração!