Cresce farto e dourado
Por esses campos, o pão
E há tanto mal espalhado
No gesto de cada mão
Cada mão, cada senhor
Fazendo gestos à gente
Como se gestos na dor
Fossem do pão a semente
A semente que germina
Gesto bom na semeada
E transforma cada sina
Numa cruz menos pesada
Um Fado Para Esta Noite
Sempre que Lisboa canta
Balada das Mãos Ausentes
Ai Esta Ausência De Mim
Ovelha Negra
Fria Claridade
Alguém
Já Me Deixou
Canoas do Tejo
Vazio
Voltaste
Cheira a Lisboa
Ai Esta Ausência de Mim
Sempre Que Lisboa Canta
Veio A Saudade
Noite
É Sempre Amor
Sou Um Fado Desta Idade
Noite
Outono da Minha Primavera