A vida é isso: Uma máquina!
Catequina nos livra do oxidar
Processa a gente
E, a mente, ah, essa tenta se salvar

A vida é isso: Uma ópera!
De cóleras, de poses, do gozo: Faustoso andar!
Encanta a gente a semente, ah
Que vira o fruto que a árvore dá

A morte é isso: Uma passagem!
De uma margem a outra
Noutra vida, se houver
O encontro que nos couber

Pro medo: O dedo do meio
Pra boa sorte: O meu polegar!
No mar, suas cinzas se dissiparão
E a mão, de Deus: O trampolim pra na eternidade se lançar!

A morte é isso: Uma dádiva!
Pois cálida é a paz
Contumaz deve ser a alma
Que se livra, ah, de um corpo que se desfaz!

Pro medo: O dedo do meio
Pra boa sorte: O meu polegar!
No mar, suas cinzas se dissiparão
E a mão, de Deus: O trampolim pra na eternidade se lançar!